domingo, 1 de julho de 2012

Body Art

Body art (do inglês, arte do corpo) é uma manifestação das artes visuais onde até o corpo do próprio artista pode ser utilizado como suporte ou meio de expressão. Surgiu no final da década de 1960 como uma das mais populares e controvertidas formas de arte a se disseminar.
Em uma abordagem mais específica, surgiu como reação à impessoalidade da arte conceitual e do minimalismo, em análise mais ampla tem sido considerada um prolongamento destes.
O espectador pode atuar não apenas de forma passiva mas também como voyeur ou agente interativo. Comumente, as obras de Body art, como criações conceituais, convidam à reflexão, ao enfado, ao choque, ao distanciamento ou ao riso.
Há casos em que a body art assume o papel de ritual ou apresentação pública, apresentando, portanto, ligações com o Happening e a Performance. Outras vezes, sua comunicação com o público se dá através de documentação, por meio de videos ou fotografia.
Suas origens encontram referências na premissa de Marcel Duchamp em que "tudo pode ser usado como uma obra de arte", inclusive o corpo. Além de Duchamp, podem ser considerados precursores da Body art o francês Yves Klein, que usava corpos femininos como "pincéis vivos", o americano Vito Acconci, o italiano Piero Manzoni entre outros.


Body Art (arte do corpo), é uma tendência artística contemporânea que surgiu na década de 60, nos Estados Unidos e na Europa, sendo sua principal caraterística o uso do corpo como suporte e intervenção para a realização do trabalho artístico.
Dessa maneira, o corpo humano (seja do artista ou de um modelo) passa a ser a “tela” (daí aproximação com a “body paint”, ou pintura corporal), bem como o comunicador de ideias, ou seja, o mais importante veiculador em que o artista vai explorar sua "obra viva".

Para muitos estudiosos sobre o tema, a body art é uma vertente da arte contemporânea e seu precursor foi Marcel Duchamp (1887-1968) ao questionar os limites do conceito e o modo de fazer arte, dando início a reflexão sobre a "arte conceitual" bem como a relação do sujeito com o mundo.
Dessa forma, os artistas contemporâneos ultrapassam os limites da tela e do conceito de arte ao propor uma nova forma de expressão artística em detrimento das tradicionais pinturas e esculturas.

Principais Características

As principais características da body art são:
  • Corpo Humano como suporte e experimentação artística;
  • Materialidade e resistência do corpo;
  • Relações entre arte e a vida cotidiana;
  • Arte como forma de protesto;
  • Choque do espectador;
  • Uso de performances, videoartes e instalações;
  • Temática livre de preconceito (cultura do corpo, sexualidade, nudez,etc.);
  • Tatuagens, maquiagens, deformações, travestimento, mutilações, escarificações, queimaduras, implantes e ferimentos.

Evolução da Body Art

Se pensarmos na arte de pintar o corpo, constata-se que esse processo é tão antigo quanto a cultura humana, de forma que em sociedades primitivas era comum utilizar tintas para cobrir o corpo com sinais, que muitas vezes, ultrapassavam a questão de “adornar”, posto que em algumas culturas, os traços que cada um carregava pressupunha hierarquia, festividades típicas, passagem de ciclo, etc.
Foi dessa forma que a arte do corpo ou a body art surgiu, primeiramente como ritual religioso ou marca cultural para designar determinada pessoa no grupo e, mais tarde, como forma artística propriamente dita. Dessa maneira, importante notar que a body arte passou por diversas transformações até chegar no século XXI como uma das tendências mais exploradas, tal qual a tatuagem. Em resumo, antes ela surgia como uma necessidade de cultivar a crença e os rituais, e atualmente, como forma de explorar artisticamente a mais importante identidade humana: o corpo.

Principais Autores e Obras

Os principais artistas que promoveram trabalhos de body art foram:
  • Yves Klein (1928-1962): artista francês e um dos precursores da body art. Conhecido por utilizar corpos femininos como suporte para sua arte, tal qual pincéis vivos. Uma de suas performances mais famosas foi utilizar modelos cobertas por tinta azul e, de forma que as arrastava elas formavam manchas na tela. Essa técnica foi denominada de “Antropometria” ou “Medições visuais do corpo humano”.

O azul de Yves Klein | Les arts, Yves klein, Comment peindre

  • Bruce Nauman (1941): artista contemporâneo estadunidense, famoso por suas performances e instalações com neon, fotografias e vídeos. Segundo ele: “Quero usar o meu corpo como material e manipulá-lo”. Uma de suas obras em que utiliza seu corpo como forma de expressão é a “Fonte Refluxo”, performance realizada em 1966, na qual ele cospe jatos de água pela boca em movimentos repetitivos.

  • Bruce Nauman e o corpo que é a obra – Plástico


      • Vito Acconci (1940): artista estadunidense, destaca-se por suas performances como o “RubbingPiece” (1970), em português “Esfregando a peça”, em que ele esfrega seu braço até surgir uma ferida ou “Trappings” (1961), em português “Armadilhas”, em que ele passa horas conversando com seu pênis e colocando roupas de bonecas.
      • Piero Manzoni (1933-1963): artista italiano considerado um dos mais radicais de da body Art e famoso por sua obra “Merded'artista” ou “Merda de Artista” (1961), formada por 90 latas contendo suas próprias fezes. Essa obra foi um sucesso, exposta em museus renomados pelo mundo, de forma que em 2007, Manzoni chegou a vender uma de suas latas por mais de 1 milhão de libras.
      • Rudolf Schwarzkogler (1940-1969): artista austríaco marcante por suas obras sinistras e mórbidas de forte conotação política. Foi participante do grupo de “Arte e Revolução” dos acionistas vienenses, ao lado de Herman Nitsch, Otto Mühl e Günter Brus, formado em Viena entre 1965 e 1970. Sob o lema da liberdade artística, o grupo foi considerado extremista no tocante à atuação de performances, com mutilações, nudez e sexo.
      Outros artistas contemporâneos que merecem destaque com trabalhos de body art são: Marina Abramovic, Eva Hesse, Bob Flanagan, Viennois Gunter, Chris Burden, Gina Pane, Dennis Oppenheim, Urs Luthi, Michel Journiac, Youri Messen-Jaschin e Stuart Brisley.


      VEJA MAIS IMAGENS DO CORPO HUMANO COMO SUPORTE ARTÍSTICO:


      Pintura corporal é uma das formas de pintura arte indígena onde os corpos são pintados com tinturas extraídas de planta. A pintura corporal é uma forma de expressão. Muitos usam como forma de demonstrar seus sentimentos por algo ou alguém, ou mesmo por questão religiosa. Geralmente quando escutamos falar de pintura corporal temos em mente sempre os índios, mas a pintura corporal está presente em outras ocasiões, embora eles as usem mais.










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      No sentido mais radical a Body Art se manifesta nas 

      transformações visuais corporais


      Piercing é uma forma de modificar o corpo humano, normalmente furando-o a fim de introduzir peças de metal esterilizado.
      O povo da Papua-Nova Guiné centram a sua decoração no nariz, as decorações corporais, servem para conferir ao indivíduo as virtudes do animal de que provém esses adornos. Os Kayapos, perfuram as orelhas dos recém-nascidos e o lábio inferior dos mais pequenos. O chefe Kayapo tem o direito de ostentar um adorno labial de quartzo nas cerimónias particulares, diferenciando-se dos seus congéneres.
      Para os esquimós do Alasca, o piercing do lábio e na língua significavam o momento da transição para o mundo adulto e significava que a criança tinha se tornado caçador. Na Índia é muito comum, sobretudo as mulheres, furarem o nariz, o septo nasal e as orelhas.
      piercing da ala do nariz é proveniente da Índia, onde se reservava às castas mais altas, já o septo nasal perfurado é originário da Nova-Guiné. Na época dos faraós, o piercing no umbigo era exclusivo da família real. Os antigos Maias praticavam a arte da perfuração, furando os lábios, o nariz e as orelhas.
      Atualmente a mulher com mais piercings espalhados pelo corpo é uma brasileira. Os piercings na atualidade fazem sucesso entre os jovens e até os mais velhos.












      Escarificação é uma técnica de modificação do corpo que consiste em produzir cicatrizes no corpo através de instrumentos cortantes. Diversas culturas utilizam está técnica. Na África em algumas culturas as mulheres utilizam a escarificação como forma de beleza. A escarificação além de estar associado a beleza, ela também diferencia os indivíduos de grupos distintos, podendo também indicar uma classe social, uma característica pessoal ou uma determinada fase da vida da pessoa.







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